Libra

04:25

Parece que todo ano eu preciso fazer o balanço pré aniversário. Pois bem, aí vai o dos 25.

Vivi a maior parte desse tempo em casa. Nunca estive tão mergulhada em mim, apesar de já ser bem acostumada à minha companhia.

Aprendi a aproveitar meu tempo. Talvez não tanto as noites de sono, mas mantive as horas de descanso como pude.

Me joguei em histórias novamente. Filme, livro, série, livro, e mais série, das que estavam paradas na lista há séculos. 

Já minhas pesquisas, vou retomando aos poucos. Uma linha que surge, um áudio para salvar o trecho do sonho em meio a madrugada, uma página que a mão aguenta escrever sem a letra ficar horrível, uma foto no Pinterest que desenrola uma cena completa na cabeça. Não tenho pressa. 

Percebi que devo comemorar mais o que faço, mesmo que a dimensão do feito não seja extraordinária. 

Vi que tem gente que sai da vida. Entra de novo. E só fica se fizer sentido de estar ali. Em paralelo, teve gente que chegou de mansinho e também gente que meteu os dois pés arrombando a porta, sabendo que teria espaço. 

Valorizei pisar descalça na grama. Me arrependi um pouquinho depois, logo que a alergia começou a formigar os pés.

Presenciei o amor em tantas cenas. 

Respirei aliviada de saber que ter esperança nunca é desperdício. 

Descobri muita música boa. Sim, estou ansiosa pela retrospectiva do Spotify.

Cabelo viu tesoura de novo. Só assim para me reconhecer no espelho. 

Pensei melhor em novos horizontes. Me permito agora traçar planos em outros locais que fujam dessa cidade. Mesmo que nada seja concreto, dei uma corda a mais para esse lado.

Decidi que quero aprender outras línguas. Espero me confundir no futuro com cinco idiomas diferentes.

Quase 4 da manhã e o olho tá cheio de lágrima. Que bom que sempre é tempo de aguçar a percepção do mundo.

Pode vir 26. Sei que você vai ser incrível do seu jeitinho.

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