Deixar os sentimentos soltos por aí é uma benção e talvez uma maldição também. Pode ser que você me conheça muito bem ou não conheça nada, de acordo com o que interpreta de cada palavra. Na falta de poder gritar bem alto ou só pensar melhor sobre isso enquanto seguro o choro em um local que não conheço ninguém, recorro aqui.

Um lugar um pouco abandonado, mas ainda sim meu. O refúgio que surgiu quando só papel e caneta não eram suficientes para confortar. Quando eu precisava dividir e deixar as coisas por aí, não tendo a ideia de quem as lia, porém com um alívio um pouco maior de saber que estavam soltas.

Tem muita coisa na vida que a gente nem sonha que aconteça. Não sei você, mas eu nunca imaginaria essa situação de agora. São noites mal dormidas, dias sem comer direito. Metade desse texto foi escrito em uma madrugada de quase crise, e que no dia seguinte eu quase não tinha a lembrança do que fora escrito. Ainda nesse tempo, consegui encaixar uma ida ao hospital, isolamento de novo e 48 horas de aflição. Mas agora está tudo certo em relação a isso.

Hoje terminei uma série que enrolei um bom tempo para começar, um bom tempo para retomar, e pouco tempo para assistir tudo depois de que retomei. Uma coisa que me trouxe algum sentido nesse período e uma pequena luz de como seguir. Bons momentos de choro com várias sensações durante os últimos episódios.

Com esse final, consegui voltar a planejar certas coisas e traçar o que acho correto para mim. Volta e meia eu deixo isso de lado, mas é bom saber que eu sempre retorno. Cada hora com algo diferente, mas ainda assim com um plano que me faz ter um pouco mais de segurança quanto a tudo que vivo e ainda tenho vontade de viver.