Só que isso não costuma durar muito. Logo eu abro meu coração mais do que o necessário. Ou melhor, mais do que a maioria das pessoas julgam como correto. Mas faço isso porque me liberta em partes. Digo isso porque nem sempre é fácil. Mentiria se falasse que não é doloroso às vezes. Pelo menos, fico com a consciência tranquila sobre o que sinto. O coração agradece. O cérebro não.
Posso passar três semanas conversando com alguém que conheci no Tinder, e considerá-la apenas como uma boa pessoa para conversar. Posso passar meia hora com alguém e estar convicta de que quero cada vez mais tempo com ela - claro que nesse tempo existem fatores suficientes para afastar a indecisão. Posso passar a gostar de alguém que sempre odiei, assim como passar a ter preguiça de alguém que amava. Sentimentos são transitórios, não há como negar.
Volta e meia, durante essas indecisões, me permito sentir falta de certas coisas. Sinto falta de alguém que não divida apenas a cama comigo, mas os sonhos. Ainda assim, não o suficiente para deixar que isso me consuma e domine meu emocional, a ponto de aceitar qualquer coisa que seja diferente ao que na minha cabeça deixei na definição de amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário